16/12/2013

Programa de Aprendizagem Profissional para Surdos e Pessoas com Deficiência Física forma 10ª turma

Alunos da 10ª turma do Programa de Aprendizagem Profissional para Surdos e Pessoas com Deficiência Física, promovido pelo Centro Profissionalizante Rio Branco (Cepro), em parceria com o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) e com o Rotary Club, receberam seus diplomas pela conclusão do programa. A formatura, realizada no dia 16 de dezembro, reuniu representantes do Selur, do Ministério do Trabalho e do Rotary, educadores, parceiros, diretores, gestores e familiares dos alunos.

Paraninfo da turma, o presidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo, Nahid Chicani, compareceu à cerimônia, assim como o chanceler das Faculdades Integradas Rio Branco, Eduardo de Barros Pimentel; Ariovaldo Caodaglio, presidente do Selur; José Américo Fischman, responsável pela parceria Cepro/Selur e representante do Rotary; José Carlos do Carmo, coordenador do programa de inclusão da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho; Susana Penteado, diretora do Cepro; e Sabine Vergamini, diretora do Centro de Educação para Surdos Rio Branco.


Susana Penteado, José Américo Fischman, Ariovaldo Caodaglio, Nahid Chicani, Eduardo Pimentel e Sabine Vergamine

Muitas homenagens foram prestadas na ocasião: foi exibido um vídeo com a retrospectiva dos melhores momentos do programa, alunos deram seus depoimentos sobre as experiências e superações, entregaram lembranças de agradecimento aos educadores e assistentes técnicos do Cepro, e exibiram um vídeo de agradecimento pela parceria entre a Fundação, o Selur e o Rotary, por meio de Eduardo de Barros Pimentel, Ariovaldo Caodaglio e José Américo Fischman, pelo empenho e carinho durante os 5 anos do programa.

Nahid Chicani lembrou o início da parceria, em 2008, por iniciativa de José Américo Fischman e Eduardo de Barros Pimentel, com o objetivo de proporcionar um curso profissionalizante para surdos e pessoas com deficiência. Falou, também, dos desafios do Cepro em ter uma equipe especializada e adequar o conteúdo do programa a esse público; da importante parceria com o CES e com demais empresas, que garantem a referência na qualificação dos alunos, e destacou, ainda, prêmios de responsabilidade social recebidos.

José Américo Fischman, explicou que a FRSP mantém a maior obra educacional rotária do mundo, e, ao longo de tantos anos, sempre se dedicou à proporcionar crescimento às pessoas. Disse que os jovens são muito eficientes, pois procuram caminhos para se garantirem por si próprios e que, após a conclusão do curso, cada um poderia dar testemunho de vontade, crescimento e de exemplo.

Ariovaldo Caodaglio disse que datas como essa são marcantes, pois coroam uma jornada de pessoas que acreditam no que fazem. Afirmou que o Selur se empenha em tratar as pessoas com deficiência com respeito e interesse e que percebeu que era necessário capacitar essas pessoas para ocuparem vagas de emprego. Além disso, informou que o Selur tem um banco de dados com informações de jovens aptos para o trabalho.


Alunos, educadores e convidados da formatura

Cristiana Mello, convidada para o encontro, deu seu depoimento, contando que entrou no mercado de trabalho por esse meio. Colaboradora na área de suporte do site SIVIC (Sistema Integrado de Vagas e Currículos para Pessoas com Deficiência) do Selur, Cristiana Mello deu seu exemplo de superação e determinação. A convidada deu dicas para os formandos, incentivando-os a adquirir conhecimentos sempre, manter contato com muitas pessoas, combater os próprios preconceitos, e falou da importância de sempre cadastrar currículos, pois as empresas precisam dos jovens.

Susana Penteado afirmou que o envolvimento do Cepro é com a formação e inclusão das pessoas surdas e com deficiência e que é preciso estimular mudança de atitudes que levam à discriminação. Disse que durante as aulas, os alunos aprendem uns com os outros, que o programa traz atualização e reflexão e desejou que os alunos incorporem no mundo do trabalho o que aprenderam, lutem pelo direito ao trabalho digno e jamais se acomodem.

José Carlos do Carmo disse que o Ministério do Trabalho atua no resgate das oportunidades para as pessoas com deficiência, fiscalizando o cumprimento da Lei de Cotas. Acrescentou que existe a barreira do preconceito no mundo do trabalho, mas com a convivência é que se aprende.